29 Jun 2015 às 14:12 0 876 Notícias
Em Janeiro de 2014 a Intel causou alvoroço ao anunciar o Intel Edison. Um microcomputador inteiro que caberia dentro de um SD Card, contendo microprocessador, memória, sistema de armazenamento, WiFi e Bluetooth.
Até então, muitos imaginaram que a Intel estava indo na “onda” da Raspberry PI, e que teríamos em breve mais um computador de dimensões minúsculas e de finalidade obscura visto que seu formato não era dos mais úteis. Um simples SD-Card.
O tempo passou e a Intel apresentou o form-factory final do Edison, foi lançado para o mercado no formato de um módulo que pode ser conectado a outras placas. Tendo uma quantidade de pinos de I/O suficientes para aplicações mais refinadas do que simplesmente ser um computador em um SD-Card.
Essa foi a entrada oficial da Intel no mercado de massa de IoT. Uma tendencia até então inexplorada por plataformas compatíveis com x86 e x64, consideradas grandes e complexas demais para essas aplicações embarcadas de uma forma popular. Convenhamos, os mini-ITX e nano-ITX nunca foram amplamente disponíveis ao grande público.
Pois bem. Temos em mãos uma plataforma de desenvolvimento com as seguintes características:
Microprocessador
Intel Atom de 500MHz com dois núcleos
Intel Quark de 100MHz
RAM
1Gb
Armazenamento Interno
eMMC de 4Gb
Wireless
Dual Band (2.4 e 5GHz) IEEE 802.11 a/b/g/n
Bluetooth
BT 4.0 + 2.1 EDR
USB 2.0
1 Controlador OTG
I/O
40 GPIOs que podem ser configuradas para
SD card: 1 Interface
UART: 2 controladores
I²C: 2 controladores
SPI: 1 controlador com 2 chip selects
I²S: 1 controlador
GPIO: 14 adicionais sendo que 4 tem capacidade de PWM
Esse novo form-factory tem dimensões de 35.5×25.0x3.9mm.
Com essas características, temos subsídio para o desenvolvimento de várias soluções pensando em IoT (Internet das Coisas). Ao invés de termos uma placa com um microcontrolador, e diversos módulos tentando adicionar conectividade e armazenamento, simplesmente temos um único módulo com tudo isso e mais, a possibilidade de rodar um sistema operacional muito próximo de um microcomputador de mesa ou notebook.
Originalmente o Edison chega de fábrica com uma distribuição de Linux montada exclusivamente para ele através da ferramenta Yocto, contendo utilitários que o tornam compatível com Arduino, através de uma IDE de Arduino customizada para funcionamento com ele, além de opções de programação em Python, NodeJs e C/C++.
Algumas comparações são inevitáveis, como com as placas/kits de desenvolvimento que rodam ARM, como a BeagleBone e Raspberry PI, em todas as versões. E a resposta é simples:
– O Intel Edison é uma plataforma que está entre um microcomputador e um microcontrolador, tornando-o facilmente acoplável à aplicações de IoT, visto que sua reprodutibilidade é garantida na forma modular que lhe é inerente ao design original de fábrica.
A linguagem C e o framework libmraa serão o nosso foco nesta breve introdução a plataforma.
Para iniciarmos, supomos que você tenha um Intel Edison com a o breakout Arduino e cabo USB para ligação serial, assim como domine aplicativos como Screen (Mac e Linux) ou PuTTY (Windows).
Precisamos ter um pouco de cuidado para ligarmos o Intel Edison. Algumas pessoas aproveitaram o cabo do Intel Galileo Gen1 e a pinagem do conector de energia elétrica é invertido. No entanto se você tem uma fonte que se encaixa no Arduino, poderá utilizar sem restrições. Esse é um dado muito importante, pois não queremos queimar o Edison logo de cara. Seria uma tragédia!
Nós escolhemos o breakout Arduino pois é o mais comum e é a ferramenta oficial disponibilizada pela Intel em seus Hackatons. A chance de você ter um Edison com este breakout é maior que com qualquer outro e a idéia aqui é atingir a maior quantidade de pessoas possível.
Abrindo a caixa, de cara vemos o Intel Edison, pronto para instalar no breakout. Tirando o suporte que o mesmo veio encaixado, temos acesso ao breakout e um conjunto de parafusos, duas porcas para fixar o Edison no breakout e um conjunto quatro suportes para montarmos embaixo do Edison.
Após montado o conjunto, o que nos dá uma diversão de uns 5 minutinhos, podemos iniciar a ligação do mesmo. Encaixamos o cabo de energia e vamos encaixar o cabo de dados para conexão serial (o cabo não é fornecido junto com o produto).
Notem que a conexão USB->Serial que vamos utilizar é a J3 de acordo com a marcação da placa.
O Led verde no canto superior direito do Edison irá acender, indicando que estamos prontos para utiliar a placa. Com isso vamos aos comandos para termos o acesso inicial.
Vamos descrever aqui os comandos para Linux e que deverá funcionar de forma análoga no Mac, com exceção para os nomes de porta, a mesma conexão poderá ser feita pelos usuários de Windows utilizando PuTTY ou o terminal de sua preferencia.
Fonte.: Software Intel