04 Jun 2012 às 22:03 0 708 Notícias
Agora, com o crescimento exponencial da internet, esses números IPv4 estão chegando ao fim. A expectativa é de que já não exista mais disponibilidade de endereços a partir de dezembro de 2011. Então, para que a internet continue crescendo e se desenvolvendo, foi necessário criar um outro sistema de numeração, que irá comportar muito mais computadores, servidores e endereços web. Em vez dos 4 bilhões de números - usados no IPv4 -, o IPv6 suporta uma quantidade que nem sabemos falar: são 3,4x10 elevado à 38ª potencia.
A troca é uma questão de infraestrutura. Na década de 70, quando o IPv4 foi criado, os desenvolvedores da web não tinham ideia do tamanho que a internet teria e, portanto, não se preocuparam em criar um padrão de endereços que suportasse a expansão da rede mundial.
Na última quinta-feira os endereços IPs do protocolo IPv4 pararam de ser distribuídos em todo o mundo. Com isso, os Registros Regionais de Internet passarão a entregar, a partir de agora, unicamente o protocolo IPv6.
Isso é extremamente positivo, uma vez que, em breve, não só as pessoas e as máquinas estarão conectadas, mas os objetos também. Segundo o coordenador de projetos do IPv6 BR, Antonio Moreiras, o mundo está entrando na era da “Internet das Coisas”, na qual geladeiras, microondas, carros e outros objetos estarão conectados à rede e cada um deles também terá seu número de IP. Com essa nova realidade, é imprescindível ampliar a disponibilidade de endereços no mundo.
Além disso, Moreiras explicou que a mudança para o IPv6 pode significar mais segurança para a Internet, pois o padrão conta com um protocolo criptografado, que pode identificar todo o caminho percorrido por cada IP. Para os usuários finais, essa mudança nem deve ser percebida. “Isso vai acontecer de forma invisível. Caso o internauta tenha um modem ou um roteador sem suporte para IPv6 será necessário comprar outro, mas isso depende da tecnologia usada. Algumas pessoas têm provedores que administram tudo e são eles que deverão disponibilizar o IPv6”, explica.
O executivo acredita que ainda é muito cedo para os usuários finais se preocuparem com isso, até porque existem poucos equipamentos no mundo com suporte IPv6. Os aparelhos devem começar a ser vistos mais no final do ano e, por isso, vale a pena esperar. “A minha dica é conversar com seu provedor pra saber se eles já estão se preparando para esta troca”, sugere.
A verdade é que as empresas de telecon e provedores serão os mais cobrados com essa história. Eles têm cerca de 1,5 ano para se organizarem, mas como o movimento começou em 2008, os investimentos em equipamento já estão sendo feito desde então.
Telefonica, Embratel, GVT e Interlig estão se preparando, conta o coordenador do projeto.
Fonte.: Olhardigital