28 Jul 2012 às 17:52 0 3327 Tecnologia
O Amiga foi uma família de computadores pessoais originalmente produzida pela empresa canadense Commodore International, bastante popular na década de 1980 e na década de 1990. Atualmente vem sendo produzido por outras empresas.
Estas máquinas destacaram-se pela excelência de seu Sistema Operacional e para a aptidão de funções Multimídia. Em Portugal o Amiga foi um dos microcomputadores mais vendidos nas décadas de 1980 e 1990. No Brasil, chegou a ser vendido oficialmente, após o fim da lei de reserva de informática, pela PCI Componentes da Amazônia
Antecedentes
Na década de 1970, no mercado de computadores, acirrou-se a competição entre a `Big Blue` (a IBM) e os `Sete Anões` (Sperry Rand, Control Data, Honeywell, RCA, NCR, GE e Burroughs), o que acarretou em uma redução dos custos de produção dos equipamentos. Graças a essa conjuntura, em 1975 foi possível o lançamento do primeiro computador pessoal: o Altair 8800. No ano seguinte (1976), A Apple Inc. foi lançado, popularizando o computador pessoal e tornando os seus criadores milionários. Iniciava-se a prosperidade de Silicon Valley.
O projeto do AMIGA
A história do AMIGA remonta a 1982, quando três jovens doutorados da Flórida decidiram desenvolver a última palavra em console de jogos. O negócio do videogame baseado em ROM estava estourando à época, e ainda não existia nenhum vestígio da Sega ou da Nintendo.
A ideia original consistia em unir um teclado e um disk-drive a sofisticados sistemas de tarefas múltiplas (`multitasking`) e a um leque abrangente de periféricos. À medida que o projeto tomava forma, algumas ideias para novos jogos foram surgindo, perdendo-se tempo no desenvolvimento desses projetos paralelos. Com isso, na Primavera de1984 a Amiga Computer Inc. encontrava-se na falência.
o projeto `AMIGA` já estava definido: um microprocessador MOTOROLA 68000 de 32 Bits, e 4 coprocessadores customizados gerenciavam uma resolução gráfica de até 640 X 400 pixels, 32 cores de uma paleta de até 4096 tonalidades, som estéreo de até 4 canais, drive interno de 3,5 polegadas, recurso de multitasking, etc. O sistema incorporou e desenvolveu ainda o recurso de interface iconográfica com o usuário, utilizado inicialmente pelo Macintosh e desenvolvido mais tarde nos IBM/PC com o nome de `Windows`.
O Amiga 500 e o Amiga 2000
O verdadeiro sucesso do `AMIGA` não veio antes do redesenhado A500, lançado em 1987, com design corrigido, sistema operacional refeito, uma política de preços mais baixos e um marketing mais agressivo. Tão importante quanto isso, a Commodore uniu-se a empresas de desenvolvimento de software como a Ocean para desenvolver jogos, e a Gold Disk para desenvolver aplicativos, tendo como resultado uma série de bem-sucedidos pacotes.
O A500 era voltado para um segmento mais popular de consumo (jogos e aplicações leves), incorporando CPU e teclado num mesmo gabinete, emulando o IBM/PC via software, com 512 Kb de fábrica e capacidade de expansão.
Imediatamente em seguida foi lançado o AMIGA 2000, uma versão profissional da linha, com um design mais sofisticado e capacidade de emular o IBM/PC-AT via hardware. Com 1 Mb de fábrica, podia ser expandido com o processador original (o MOTOROLA 68000) até 9 Mb, e com um 68020/30 e um MMU, até aos Gigabytes.
As melhorias do projeto incluíam ainda um teclado do tipo PC/AT com 104 teclas e uma revisão abrangente das falhas originais de projeto, bem como a incorporação de diversas melhorias à mecânica das máquinas, facilitando a sua manutenção. Por ser um projeto de arquitetura `aberta`, em pouco tempo uma série de outras empresas pode oferecer ao consumidor uma gama variada de periféricos e programas, que expandiram bastante os recursos originais. O usuário de AMIGA dispunha, à época, de uma biblioteca de programas nada desprezível, à qual se somam ainda, via emuladores/conversores, as de IBM/PC e Apple/Mac.
Ainda em 1994, a Commodore lançou novo modelo dedicado ao uso profissional - o A4000 -, equipado com a linha de processadores Motorola 68030/68040 e pronto para receber o hardware Newtek Video Flyer, sistema pioneiro em edição não-linear de vídeo. Esse foi o último e o mais poderoso modelo produzido pela Commodore, e que acabou consagrado nos principais estúdios de cinema e televisão.
Desde então, a família sofreu com a massificação do PC e do Microsoft Windows. Entretanto, ainda é bastante utilizada em mesas de edição em emissoras de TV e por alguns utilizadores fiéis em Portugal, no Brasil e em outros países, que continuam a utilizar esse hardware assim como a desenvolver e traduzir software para o mesmo.
O Amiga ainda é produzido, mas agora com processadores CPUs RISC PowerPC G3, G4+, etc., instalados em placas-mãe AmigaOne, Pegasus e Sam440.
Outro grande avanço da linha de computadores Amiga foi sua arquitetura de chips gráficos trabalhando em paralelo com o processador principal que permitia um desempenho inigualável em aplicações multimídia e serviu de inspiração para as atuais placas aceleradoras de vídeo.
A estabilidade do sistema foi decisiva para sua utilização dos Amiga nas operações telemetria de foguetes da Nasa. Vários modelos de computadores foram testados mas o Amiga foi muito superior nos resultados.
Uma das características do AMIGA é o `boot` do seu DOS. O AMIGA/DOS não é residente, e para isso o usuário dispõe de um programa - o Workbench - que é carregado na memória e de onde os demais são rodados. Para simplificar, a maioria dos programas (ou discos com programas), vêm com um `boot-block` standard desse Workbench, que ocupa os dois primeiros blocos de armazenamento de um disco formatado como Amiga/Dos.
Uso Profissional
Uso na NASA em Sistemas de Visão Sintética (Synthetic vision system - simulação do ambiente externo para pilotagem em visibilidade baixa ou zero) e em Telemetria.
Edição de Video (efeitos, animações, legendagem, etc)
Edição de Áudio (MIDI, sequenciador, compositor, etc)
TV e cinema
Fonte.: Wikipédia