14 Des 2015 às 12:35 0 947 Notícias
O tio Laguna, embora se considere Nintendista, tem basicamente todos os principais consoles da Sony exceto o PS4. E desde 1997 reclamo dos controles DualAnalog/DualShock: para mim, um joystick simétrico é algo entre desconfortável e estranho. Tenho a opinião de que a Sony privilegiou a forma à função, mas entendo que sou uma minoria que prefere os joysticks da Microsoft nesse quesito.
A Sony é considerada por muitos uma Apple dos videogames, com hardware de ponta e aparelhos com belo design. Design é (ou era) um dos destaques da Apple. Infelizmente o ano de 2015 não foi fácil para os fãs do design industrial da Maçã de Cupertino.
O “calombo da câmera” no iPhone 6 em diante
Ano passado, a Apple já deu sinais de que seu design não buscava mais ser referência: ao privilegiar a função à forma, deixou passar o imperdoável calombo da câmera no iPhone 6. Até então, todos os iPhones não precisavam de uma capinha para esconder essa verruga. E, se dependesse do Jony Ive, os próximos iPhones serão cada vez mais finos, exceto pelo calombo da câmera.
O extremo minimalismo do MacBook de 12 polegadas
Passemos para 2015: no começo do ano, a Apple anunciou o MacBook de 12 polegadas com um único conector USB-C para dados e energia. Morreram ali o logo iluminado da Maçã atrás do monitor, o MagSafe e um conector dedicado de vídeo. Tudo para a Maçã de Cupertino poder vender docks e outros adaptadores, além de deixar o aparelho mais fino. O design aqui privilegiou a forma delgada à função.
No principal evento da Apple, em setembro, a empresa anunciou o iPad Pro. O trambolhão vinha com no mínimo três erros de design. Na minha opinião, a falta de um conector USB-C foi o primeiro deles, embora a interface Lightning do tablet seja perfeitamente compatível com o USB 3.0, inclusive com novos acessórios que utilizam a interface mais veloz. Como o novo leitor de cartões SD.
O iPad Pro(blema)
O segundo erro de design do iPad Pro é a tentativa falha de imitar o rival, o Surface. Enquanto o Surface 4 aprimora a linha de tablets Microsoft, a Apple defeca isto:
A Smart Keyboard é uma capa-teclado no mínimo desajeitada, parece até xing-ling comparada ao produto rival da Microsoft, a Type Cover. Fora o teclado com GPU dedicada e bateria adicional do Surface Book.
O terceiro erro de design que o tio Laguna vê no iPad Pro não está nele e sim no seu principal acessório, o Apple Pencil. Com um conector Lightning macho, a forma recomendada para recarregá-lo numa emergência é… plugar no iPad Pro.
Magic Mouse 2, uma recarga “mágica”
Em outubro, a Apple lança discretamente o Magic Mouse 2. Pela primeira vez temos um mouse Apple que não usa pilhas, ok, mas é um produto com preço premium que para recarregar sua bateria não podemos utilizá-lo.
Antes que alguém me pergunte: não acho que seja culpa do conector Lightning em si, envolvido direta ou indiretamente em vários dos erros atuais de design da Apple. Poderia ter sido utilizada qualquer outra interface proprietária, mas a atual Apple parece errar de propósito utilizando o Lightning.
É também o caso da…
Smart Battery Case
Sou muito fã da Apple, mas concordo com o nobre colega Paulo Higa: essa capinha é um “tumor”. Além de custar 99 dólares (ou uns 700 reais), essa Smart Battery Case só recarrega 85% da carga de um iPhone 6S: é feia, parece frágil e também não tão útil quanto os produtos concorrentes do “tumor”, como a Juice Pack da Mophie.
Falando em concorrentes, a ASUS e a LG fizeram troça no Twitter ao zombar sobre a necessidade do novo acessório da Apple enquanto os produtos delas seriam melhores que o smartphone da Maçã nesse quesito.
Gente, até a BlackBerry juntou forças para se levantar do caixão e fazer graça com o “tumor” do iPhone 6S.
Achei digno, a Smart Battery Case falha na forma e na função. Como dificilmente a Apple vai apresentar um novo produto nestes últimos dias de 2015, melhor desejarmos um Feliz Natal aos fãs do design Apple.
Parabéns a todos os envolvidos. Que Odin tenha piedade de quem gasta 4 mil reais num negócio desses.
Fontes: BGR, Redmond Pie e The Verge.