Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) criaram o que pode ser a primeira geração de “nanorrobôs nadadores”. As máquinas seriam capazes de nadar pela corrente sanguínea e carregar medicamentos a locais específicos do corpo. Feitos a partir de uma liga de polímero e de nanofios magnéticos, os “nanonadadores” (ou “nanoswimmers”, em inglês) têm a largura de uma fibra de seda.
Mas como, afinal, os robôs se locomovem? Tudo é feito às custas de um campo magnético externo, que “impulsiona a cauda” dos nanonadadores. O destino dos pequenos robôs pode ser traçado a partir da manipulação de um campo magnético sobre um determinado membro – o que, em teoria, possibilita até mesmo a realização de cirurgias simples e não invasivas.
No ano passado, cientistas começaram a apresentar estudos mostrando que a nanotecnologia seria usada no combate ao câncer. A ideia é colocar robôs minúsculos dentro do corpo dos doentes. Apesar de parecer uma ideia muito sci-fi (e fascinante), o campo de pesquisas está progredindo rapidamente e pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Israel encontraram uma maneira engenhosa para impulsionar os pequenos bots.
Eles criaram os chamados "nanonadadores", robôs capazes de nadar pela corrente sanguínea e levar medicamentos para um determinado local do corpo. Eles possuem a largura de uma fibra de seda e são feitos com vários elos de polímero e nanofios magnéticos. Depois de introduzidos na corrente sanguínea, um campo magnético externo ajudaria a impulsionar os nanorobôs pelo interior do corpo em questão de segundos.
Uma das vantagens é que a equipe médica pode controlar exatamente onde os nanorobôs vão parar – em um determinado órgão, por exemplo – com a ajuda da modulação do campo magnético. Embora a inserção de minúsculos pedaços de metal no corpo de uma pessoa soe estranho, os cientistas acreditam que os nanobots poderiam reduzir a necessidade de cirurgias invasivas, acelerar a recuperação e diminuir o risco de complicações.
A nova pesquisa elimina a necessidade de instalar um pequeno motor dentro dos nanorobôs, liberando espaço para os medicamentos carregados por eles. Ela também faz com que o bots sejam fáceis de construir e se ajustem a diferentes aplicações. É claro que ainda há muito trabalho a ser feito antes que os nadadores se tornem realidade nos tratamentos médicos, começando por indivíduos dispostos a deixar robôs circularem pelo seu sangue.
Fonte.: Engadget