22 Mai 2013 às 12:20 0 1037 Tecnologia
Nunca imaginei que, um dia, eu fosse ficar encantada com um produto Microsoft. Mas dou a mão à palmatória: desde que que comecei a andar com o Windows Phone 8, não faço outra coisa a não ser brincar com o meu smartphone. O WP8 é bonito, inteligente, cheio de bossa — e dá um enorme prazer de usar. Vivo arrumando e rearrumando os seus quadradinhos, fascinada pelas infinitas possibilidades de combinação. A questão não é apenas estética. Ao oferecer três tamanhos de live tiles, e ao permitir que eles possam ser dispostos ao gosto do freguês, o WP8 lança, ao usuário, o desafio de encontrar a combinação ideal.
Todos temos as nossas necessidades e preferências, e ajeitamos os nossos smartphones de acordo com elas. Até aí, nenhuma novidade. Mas ícones de tamanhos diferentes implicam num grau de hierarquia mais sofisticado do que o habitual. O que é mais importante, a lanterna ou a calculadora? O que deve ficar em evidência, o noticiário da CNN ou a timeline do Facebook?
Para mim, o aplicativo indispensável é uma agenda que mostre os compromissos do dia sem que se precise abri-la. Isso nunca existiu no iPhone, o que foi um retrocesso na minha vida celular: afinal, o bom e velho Symbian já fazia isso nos anos 90. O Android tem widgets, mas o Windows Phone, além de exibir a agenda de forma mais clara, faz exatamente o que eu sempre quis: ele mostra o que preciso fazer antes mesmo de ser destravado. A tela inicial, que é muito personalizável, permite a escolha das informações que desejamos ver em primeiro lugar.
O fato de estar usando o Windows Phone no aparelho mais bonito e poderoso que a Nokia fez nos últimos tempos ajuda um bocado, mas acredito que, mesmo que eu estivesse usando um entry level, estaria feliz com o sistema da Microsoft — que, entre outras coisas, oferece excelente integração com as redes sociais. No começo do ano passado, eu já tinha ficado muito bem impressionada com o Windows Phone 7, mas a falta de aplicativos era complicada; agora, exceção feita ao Instagram, não me falta mais nada.
Alguns dos apps que estão contribuindo para a minha satisfação com o WP8:
– Evernote, o campeão das anotações e dos recortes de artigos na web, numa versão excelente;
– Battery Tile, indicador de carga, que faz várias coisas úteis além de informar quanto de bateria sobra. Ele é tão jeitoso que oferece diversos ícones vivos. O meu preferido muda de cor entre verde, amarelo, vermelho;
– Movie Showtime, programação dos cinemas. Super prático, vai ficar ideal no dia em que permitir a compra de ingressos;
– MeTweets, ótimo app para Twitter;
– Skyscanner, para descobrir vôos e seus respectivos preços pelo mundo afora, da popular Ponte Aérea a destinos como Cabul ou Pyongyang;
– Mini Recorder, gravador simples e elegante;
– TuneIn Radio, ideal para quem gosta de passear pelas rádios do planeta, perto e longe;
– Toda a constelação básica do humanóide conectado: Facebook, Netflix, Google, IMDB, Office, YouTube, WhatsApp, Skype, Kindle, Amazon, Pinterest, Angry Birds… Aliás, nos aparelhos Nokia há um ninho de passarinhos zangados, com todas as novidades sobre a turma.
A cereja do bolo, no entanto, são os aplicativos de imagem, que tiram partido da fantástica câmera do Lumia 920. Um deles, o Refocus, chama a atenção: com ele podemos fotografar antes e escolher o foco depois. Nunca vi nada parecido! Outro grande programa é o Cinemagrafia, da própria Nokia, que captura GIFs com a mais sutil das animações.
Em suma: quanto mais uso o Lumia 920 e o Windows Phone 8, mais gosto. Ele é hoje, sem favor, o meu sistema favorito para smartphones — a tal ponto, que nem sonho em voltar para o iOS ou para o Android. Quem diria…
Fonte:
(O Globo, Economia, 18.5.2013)
Publicado em 18.05.2013 por Cora Rónai