12 Nov 2014 às 12:46 1 1094 Tecnologia
No discurso na noite de abertura da CES 2014 (Consumer Eletronics Show), o CEO da Intel, Brian Krzanich deu grande importância ao mundo das tecnologias vestíveis. Além da parceria feita para desenvolver produtos desta área, a Intel fez um importante anúncio para impulsionar a inovação: o Edison, um computador para tecnologia vestível. Baseado na tecnologia Quark e com formato de um cartão SD, o Edison foi anunciado para proporcionar que inventores e desenvolvedores tenham condições de inovar com soluções em tecnologia vestível.
Ele vem com suporte a múltiplos sistemas operacionais e capacidade wireless integrada e deve estar disponível já neste verão. "Os vestíveis não estão em todos os lugares atualmente porque ainda não estão resolvendo problemas reais e nem integrados ao nossos estilos de vida", afirmou Krzanich, "estamos focados em resolver esse desafio de inovação em engenharia. Nosso objetivo é: se algo processa informações e se conecta, isso é feito melhor com a Intel Inside."
O CEO ainda destacou alguns produtos referência na área, como fones de ouvido com capacidades biométricas, "smart handset" integrado com as tecnologias atuais de assistência pessoal e um carregador inteligente sem fio. A CES 2014 acontece entre os dias 7 e 10 de janeiro, em Las Vegas.
O minicomputador é muito menor do que seus concorrentes Arduino Uno e Raspberry Pi Model B+, sendo que esse último foi lançado em julho e tem o tamanho de um cartão de crédito. O Edison custa US$ 50 (R$ 115, sem impostos), apresenta 1 GB LPDDR3 de memória RAM, voltagem de 3,3 V até 4,5 V, processador Quark SOC, duas bandas de frequência (2,4 GHz e 5 GHz), memória interna flash de 4 GB eMMC e sistema operacional Yocto Linux versão 1.6. Ele também dispõe de duas entradas USB, suporte a outros cartões SD e uma entrada de 70 pinos.
Um dos usos práticos do Edison seria dentro de drones de filmagem. O computador do tamanho de um cartão SD poderia configurar um sistema de vigilância próprio com a máquina voadora, que já pode tirar fotografias no ar. O drone também é capaz, com o Edison, de seguir o sinal telefônico de smartphone, permitindo outras formas de manipulação do aeromodelo.
A filial mexicana da Intel deu a ideia de instalar chips em capacetes de operários para que eles trabalhem de maneira inteligente. A fabricante, então, decidiu implantar um microcomputador Edison para proteger trabalhadores, por exemplo, da exposição de gases perigosos. A máquina seria capaz de fazer isso graças aos sensores que seriam embutidos para seu pleno funcionamento.
A Intel desenvolveu um robô chamado “Jimmy” que custa US$ 16 mil (R$ 36 mil, em conversão direta) com processador i5. Contudo, a empresa Trossen Robotics conseguiu fazer uma versão reduzida dessa máquina por US$ 1,6 mil (R$ 3,6 mil, idem) a partir de um microcomputador Edison.
E dentro de roupas? A Intel demonstrou, no IDF, uma roupa feminina repleta de luzes azuis monitoradas pelo Edison. Este é o tipo de inovação que agrada àqueles que gostam de moda. A mudança de cores é coordenada pelas sinapses mentais da pessoa que está vestindo a tecnologia. O computador consegue alterar a coloração pelo humor da pessoa, com um sensor próximo dos olhos, na cabeça.
Outro uso prático do Edison é em funcionamento com câmeras. A Intel implantou o computador com filmadoras no corpo de um boneco de camaleão. Os olhos registram o exterior, mudando a cor das lâmpadas de acordo com o ambiente. O microcomputador é capaz de registrar a tonalidade ambiente para alterar suas próprias luzes.
Fonte.: Techtudo