23 Nov 2015 às 16:02 0 1301 Notícias
River Raid é um jogo de Video game para o console Atari 2600, criado por Carol Shaw, da empresa Activision, em 1982. É considerado um clássico e um dos jogos mais populares de seu tempo. Em certo ponto, inovou o gênero de jogos de tiro.
O jogador (ou até 2 jogadores, em turnos alternados) controla um avião que sobrevoa um rio. Ao contrário dos jogos de tiro até então, onde todo o jogo se passava em uma tela fixa, em River Raid a aeronave move-se verticalmente ao longo do rio, repleto de navios, helicópteros e aviões inimigos, com nível de dificuldade progressivo. A velocidade do avião é regulada pelo jogador. Outra inovação foi a introdução de um tanque de combustível limitado, que obriga o jogador a reabastecer o avião nos postos espalhados pelo rio.
Ainda é desconhecido alguém que tenha chegado ao final do jogo. No entanto, alguns sites demonstram o suposto final verdadeiro do jogo.
Mas se você quer ver o “fim”, basta ser muito bom no game. Aí você estoura os pontos do jogo e fica com !!!!!!!!!! no placar
Posteriormente o jogo foi lançado também para as plataformas Atari 5200, Commodore 64, MSX e ZX Spectrum.
Jogabilidade
O gênero Scrolling Shooter (ou Shoot ’em up se preferir) é um dos mais antigos do universo dos games, e o primeiro a fazer grande sucesso comercialmente. Desde que um grupo de nerds do Massachusetts Institute of Technology criaram em 1962 a primeira versão de Spacewar!, e posteriormente com o sucesso absurdo do game Space Invaders em 1978, vários Scrolling Shooters foram lançados no mercado de arcades. Quando os primeiros consoles surgiram, não era preciso ser vidente para prever que várias versões dos populares shooters seriam lançadas para estes sistemas, onde os jogadores poderiam, no conforto de seus lares, terem a mesma emoção dos ratos de fliperama.
No comando do caça, o jogador (ou jogadores, já que se pode jogar River Raid em dupla, mas com cada jogador jogando sua vez, de maneira alternada) deve “mandar bala” nos inimigos que encontra em seu caminho, ao mesmo tempo que desvia de alguns aviões kamikazes que ficam cruzando a tela de forma horizontal. A destruição de pontes também é necessário para prosseguir, bem como o desvio das partes terrestres, pois no jogo seu avião está praticamente dando um rasante constante no território inimigo.
Algo bem interessante em River Raid, foi a ideia de colocar um limitador de combustível para o avião, o que obriga o jogador a estar sempre procurando pelos ícones coloridos com os dizeres “fuel” para se abastecer de gasolina. Na parte inferior da tela é visível em todo tempo um medidor de combustível, que avisa ao jogador o quanto o seu avião ainda tem de gasolina em seu tanque. Ao chegar próximo do nível crítico, quando está bem próximo de ficar sem combustível, um alarme sonoro também fica soando para alertar ao piloto mais descuidado.
Os “postos de gasolina” também podem ser destruídos, rendendo assim pontos para o jogador, mas a destruição destes locais devem ser feitos com cautela, ou o jogador corre o risco de não ter aonde se reabastecer.
A jogabilidade de River Raid é um dos pontos altos do jogo, pois além dela funcionar de maneira perfeita, onde o manche direcional faz com que o avião se movimente para a direita ou para a esquerda com grande eficácia, ainda dá a possibilidade do jogador de regular/controlar a velocidade do avião. O único botão do controle do Atari 2600 fica reservado para os tiros do avião, que é a única arma a diposição do jogador.
Pouca Memoria e poucos Pixels
Os criadores dos primeiros jogos de Atari em algumas poucas linhas de código é preciso criar todo um mundo de jogo, suas regras, seus personagens, seus objetivos, e deixar ser entrevisto o mundo que não está ali, para além dos limites do que é jogável. Não é tarefa fácil enfiar tudo isso aí dentro de QUATRO KILOBYTES DE MEMÓRIA, que é o que cabia dentro de um cartucho de Atari, e menor do que qualquer coisinha que você escrever e salvar aí no teu Bloco de Notas.
É por isso que a maioria dos jogos de Atari só possuíam uma única tela em que todas as coisas acontecem. Quanto mais telas estão presentes no jogo, mais é preciso economizar espaço da memória com outras coisas, gerando gráficos incompreensíveis, personagens que não passam de um ponto. Assim para conseguir colocar mais informações, mais contexto, mais história e melhores imagens dentro das limitações das linhas, é preciso doses cavalares de sensibilidade e criatividade.
Conclusão
River Raid é um clássico! Um game inovador para a sua época, difícil e que continua muito divertido até hoje. Foi a grande obra prima da designer/programadora Carol Shaw, que infelizmente teve uma vida curta na carreira de games, tendo deixado a Activision em 1984 (atualmente ela mora na Califórnia e é casada com um pesquisador em nanotecnologia chamado Ralph Merkle).
Graças ao sucesso do game original uma continuação foi lançada: River Raid II se mostrou um game similar e até um pouco mais difícil, mas não conseguiu repetir o imenso sucesso do primeiro jogo. Talvez a falta de Carol Shaw na continuação tenha pesado no produto final.
Já na era dos consoles da quarta geração, foi anunciado um terceiro jogo carregando o nome River Raid, que seria lançado para o Super NES da Nintendo, mas o projeto acabou sendo cancelado, mesmo se mostrando promissor pelas poucas imagens divulgadas nas revistas da época.
Apesar de todo o sucesso que o game teve pelo mundo afora (inclusive no Brasil, onde o game é muito querido até os dias de hoje), River Raid também ficou marcado por uma polêmica: na Alemanha o game foi proibido em 1984, pois foi alegado que River Raid poderia desenvolver violência nas crianças. A proibição do jogo em território alemão durou (pasmem) até o ano de 2002.
Fontes: wikipedia e retroarkade