Qua, 16 de Maio de 2012 – 07:59h
O fim do fator previdenciário foi defendido por representantes do governo e de trabalhadores, em audiência pública realizada terça-feira (15), na Comissão de Seguridade da Câmara. Durante a reunião, representantes do Ministério da Previdência, dos auditores fiscais, dos aposentados e da Central Única dos Trabalhadores constataram que o fortalecimento da Previdência Social brasileira nos últimos anos justifica a extinção do fator.
Segundo o diretor da Central Única dos Trabalhadores, Pedro Armengol, o lado mais perverso do fator previdenciário aparece a cada revisão da expectativa de vida do brasileiro feita pelo IBGE. "Aumenta o tempo de contribuição para o trabalhador se aposentar, sem a garantia de uma aposentadoria melhor", lamentou.
Ao afirmar que o governo também é a favor da extinção do fator, o Secretário de Políticas de Previdência Social do ministério, Leonardo Rolim, demonstrou preocupação. "Com a queda na taxa de natalidade, e aumento da expetativa de vida, no futuro vamos ter uma pressão sobre a previdência", disse. Porém, ele defendeu a adoção de medidas "justas" para equilibrar as contas da previdência.
Para o deputado Amauri Teixeira (PT-BA), autor do requerimento da audiência pública, o fator previdenciário foi adotado pelo governo FHC, "em um momento de predomínio das políticas neoliberais no mundo, e com a economia brasileira em baixa".
Atualmente, segundo ele, "há um superávit no caixa da previdência urbana, com a geração de empregos e aumento no número de contribuintes, graças à expansão da economia do País", afirmou.
Também participaram da audiência pública, o deputado Waldenor Pereira (PT-BA), o presidente da Associação Nacional dos Auditores fiscais da Receita Federal, Álvaro Solon de França; e o diretor da Casa do Aposentado da Bahia, Marcos de Oliveira. (Fonte: Agência Informes)
fonte: http://www.diap.org.br