Inadimplência tem queda forte e bancos lucram mais

  Quinta-feira às 16:57 em 06 de Fevereiro de 2014     0

 

Publicado em Quarta, 05 Fevereiro 2014 19:02

O fantasma da inadimplência, que assombrou os grandes bancos privados por mais de dois anos, está afastado. Itaú Unibanco e Bradesco terminaram dezembro com o menor índice de calote dos últimos cinco anos - de 3,7% e 3,5%, respectivamente. No Santander, o indicador de 3,7% é o menor desde a fusão com o Banco Real, concluída em 2009.

O problema foi superado graças ao controle mais firme da qualidade dos desembolsos. Com isso, os três maiores bancos privados do país registraram um lucro líquido conjunto de R$ 29,8 bilhões no ano passado, com expansão anual de 7,63%.

A migração para linhas de empréstimo com mais garantias, como o financiamento imobiliário e o crédito consignado, derrubou as despesas com inadimplência dos três bancos em 14,1%, para R$ 44,9 bilhões. Foram R$ 7,4 bilhões a menos para cobrir empréstimos com pagamento em atraso.

Os modelos internos de avaliação de risco dos tomadores de empréstimo também se tornaram mais rígidos. `Estamos colhendo os frutos das políticas de ajuste de risco e de crédito que começaram em 2011`, afirmou Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, que teve R$ 15,7 bilhões de lucro líquido no ano passado. O Bradesco lucrou R$ 12 bilhões e o Santander, R$ 2,1 bilhão.

O aumento do lucro não veio apenas do controle da inadimplência. As receitas com serviços e tarifas deram contribuição importante para os balanços, principalmente em um cenário mais fraco de crédito. Elas somaram R$ 51,3 bilhões, com crescimento de 16,1% em relação a 2012. No caso do Itaú, a incorporação da credenciadora de cartões Rede (ex-Redecard) deu um impulso extra às receitas de serviços e tarifas, que alcançaram R$ 22,2 bilhões, com alta de 22,1% em 12 meses. Tanto para o Bradesco quanto para o Santander, os cartões também trouxeram contribuições relevantes.

O estoque de empréstimos dos três bancos somou R$ 962,8 bilhões, expansão de 10,8% em 2013, abaixo dos 14,6% da média do sistema, que foi puxada pelas instituições públicas. (Fonte: Valor Econômico)


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